O verdadeiro amor rompe o cárcere do medo, só quem ama é que conhece Deus. Tudo é superado pelo amor: o amanhã, o desconhecido, a crítica, a incompreensão, a pobreza, a doença, a morte e a punição.
O amor vence todos os transtornos emocionais. Ele supera todas as crises familiares, torna ricos miseráveis, faz da vida uma linda aventura. O amor amplia o ângulo de visão dos problemas: os gigantes se tornam pequenos e as montanhas, diminutas pedras.
Jamais deveremos abrir mão da vida, mesmo com todas as perdas, decepções, desencantos e frustrações. A dor deve nos inspirar a um viver vibrante. Para assim sermos felizes nesta terra. Para vivermos esta felicidade temos que conviver com o nosso passado, ainda que ele tenha sido um deserto. O desafio é irrigar esse deserto, tratar a sua acidez, aridez, e transformá-lo num jardim. O que jamais devemos fazer é nos isolarmos e ruminar as nossas culpas. Uma dose breve de sentimento de culpa pode gerar reflexão e mudança de rota, mas uma alta dose pode gerar a autodestruição. Todo sofrimento é inútil se não for usado para lapidar à personalidade e a alma.
É possível superar a mais longa noite e transformá-la no mais belo amanhecer. Não há lágrimas que não possam ser estancadas, feridas que não possam ser fechadas, perdas que não possam ser enfrentadas e culpa que não possa ser superada. Os que transcendem seus traumas e seus erros tornam-se mais belos e sábios.
Numa relação de amigos de Deus onde podemos segredá-lo no coração, podemos sentir e testemunhar que o amor corrige rotas, apazigua emoções, traz lucidez ao pensamento, rompe com qualquer estrutura, principalmente a do egoísmo. O amor, só o amor nos faz iguais mesmo sendo diferentes. Ele nos faz e fez a mesma raça, “a humana”, única pensante, escravizante e quase nunca amante. O mestre do amor vendia o mais valioso sonho, o sonho da liberdade e da felicidade. Só quem ama pode sonhar este sonho.
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